quarta-feira, 9 de março de 2011

Canon - Evolução na continuidade

Não se pode dizer que a Canon EOS 600D, recentemente introduzida no mercado, constitua uma grande revolução na linha de câmaras reflex da marca. A nova criação da Canon representa mais um passo no sentido de tornar a experiência fotográfica mais fácil e agradável - para o utilizador há pouco iniciado na actividade -, do que um avanço significativo em termos tecnológicos.
E o que acabamos de afirmar começa por se notar ao nível do sensor de imagem, o mesmo CMOS APS-C de 18.0 Mp que equipa as EOS 7D e EOS 550D.
O termo natural para comparar a EOS 600D é a EOS 550D, dada a inserção de ambas as câmaras no mesmo segmento de mercado. De momento, e como é prática corrente na Canon, ambos os modelos irão coexistir; mas a história mostra que é provável que, a prazo, a 600D substitua a sua companheira de gama. Ambos os modelos permitem usufruir de sensibilidades até ISO 12.800 (expandida), mediação matricial iFCL em 63 zonas e de uma taxa de disparos contínuos de 3.7 fps. O sistema AF de 9 pontos e a gravação vídeo Full HD (1080p a 30, 25 ou 24 ips) também são comuns à EOS 550D.
Com a EOS 600D, a Canon procurou facilitar a vida aos utilizadores menos experientes e interessados nos aspectos mais complexos da técnica fotográfica, dotando a câmara de um novo modo de cena inteligente (Scene Intelligent Auto) que analisa o assunto a fotografar, a partir dos dados da focagem e da fotometria, e escolhe a “melhor” regulação da câmara para efectuar a captação. Um guia de características, disponível a partir do menu interno, explica aos principiantes as funções de vários parâmetros de tomada de vista e os respectivos efeitos. Bem aproveitado, este guia pode ser encarado por aqueles como um mini-curso de fotografia, disponível a cada instante.
 Do ponto de vista do design, a EOS 600D surge com um corpo de linhas mais arredondadas do que a EOS 550D, em cuja parte traseira aparece agora um monitor articulado - esta é a segunda EOS a possuí-lo, depois da EOS 60D - com dimensões idênticas às da sua antecessora, isto é, 3.0” e 1.04 Mp.
Também herdado da EOS 60D, surge um conjunto de 5 filtros criativos - Olho-de-peixe, Miniatura, Câmara de brincar, Preto e branco granulado e Difusor - aplicáveis às fotografias depois de captadas, o que permite conservar as versões originais (em RAW ou JPEG) e produzir diferentes variantes da mesma imagem, a gosto.
Um pouco mais profissional é a possibilidade que a EOS 600D tem, de controlar um flash externo, sem fios, usando a função ‘Easy Wireless’ e o flash integrado na própria câmara. Naturalmente, as possibilidades de controlo da iluminação sobre o assunto fotografado são, assim, bastante aumentadas.
Com a EOS 600D, a Canon introduziu também uma nova versão da sua objectiva do conjunto-base, a EF-S 18-55 mm f:3.5-5.6 IS II, cujas aparentes novidades são uma construção mais ligeira e algumas melhorias no estabilizador de imagem, para o qual a marca reclama uma eficácia máxima de 4 pontos de velocidade de obturação/tempo de exposição.
A 600D é a segunda Canon EOS a oferecer
monitor traseiro articulado.
A câmara está disponível em quatro configurações distintas que lhe indicamos a seguir, acompanhadas do respectivo preço de venda de referência: corpo (849€); conjunto-base (959€); câmara e objectiva EF-S 18-135 mm IS (1189€); e conjunto duplo, com as objectiva EF-S 18-55 mm IS II e 50-250 mm IS (1239€).

1 comentário:

Octávio Alcântara disse...

Dá que pensar na letargia da Nikon como marca no mercado português...