quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Kodak - O último dos Kodachrome

O penúltimo dia do ano passado assinalou o final de uma era na fotografia com película - a era Kodachrome. Aquele foi o dia em que o Dwayne’s Photo, em Parsons, no estado do Kansas, Estados Unidos - o último laboratório do mundo a processar aquele filme - deixou de o fazer. A notícia foi publicada no blogue do famoso fotógrafo americano, Steve McCurry, que nos mostra também algumas das fotografias que fez com o último rolo daquele filme, produzido pela Kodak no ano de 2009.
O rolo foi oferecido pela marca americana a McCurry, que se encarregou de o levar pessoalmente àquele laboratório, depois de o expôr. Do lote de imagens registadas pelo fotógrafo americano, com aquele que foi o seu filme preferido durante mais de 30 anos, constam retratos do actor Robert de Niro, do fotógrafo Elliott Erwitt, de Amitabh Bachchan - um dos mais famosos actores da história do cinema indiano -, e fotografias de membros da tribo Rabari, na Índia. A sequência termina, com uma profunda carga de significado, com a última foto do rolo, captada num cemitério de Parsons.

O Kodachrome foi o filme diapositivo a cores favorito de várias gerações de fotógrafos, principalmente, para publicação na imprensa escrita, dada a sua longevidade em condições de armazenamento e correcção de reprodução tonal.
A popularidade do Kodachrome ficou registada, até, no domínio da música, com o celebre refrão “Mama, don’t take my Kodachrome away”, de Paul Simon.
Isto, apesar da complexidade envolvida no seu processamento em laboratório que, em muitos países, estava incluído no próprio preço do filme.

Em 1936, no ano seguinte ao seu aparecimento.
De forma gradual, muitos utilizadores “fizeram agulha” para o Kodak Ektachrome, um filme mais barato e fácil de processar. Mas terá sido a tecnologia digital a dar a machadada final neste filme fabuloso, que marcou uma época e morreu com a bonita idade de 75 anos.

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