A marca alemã, que apareceu como produtora de instrumentos ópticos, muito antes do surgimento da Fotografia, e que é hoje utilizada sob licença pelo grupo nipónico Cosina, lançou entre 1931 e 1949 vários modelos da sua linha Bessa, cuja característica principal era o facto de utilizarem filme de médio formato, de tipo 120, no qual eram registadas imagens com formatos 4.5 x 6 cm ou 6 x 9 cm, consoante o modelo ou a configuração da própria câmara.
A constituição da Voigtländer Bessa era relativamente simples, com corpo e objectiva (fixa) a serem ligados por um fole em couro, o qual permitia o colapso da câmara para mais fácil transporte da mesma. Se bem que as primeiras versões possuíssem visor reflex colocado junto da objectiva, mais tarde, em 1936, na Bessa RF adoptou-se um visor telemétrico, com imagem partida, ligado à objectiva por meio de um acoplamento mecânico.
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Bessa R4M, actualmente em comercialização. |
Os obturadores eram do tipo Prontor, Compur ou Compur Rapid atingindo, este último, uma velocidade máxima de obturação de 1/400”. A escala iniciava-se em 1 segundo e possuía, ainda, as posições B e T.
A retoma do nome Bessa, nos dias de hoje, corresponde a aparelhos de formato 120 (com comutação interna entre 6 x 6 cm e 6 x 7 cm) e 35 mm - estes últimos, com objectivas intermutáveis de rosca ou baioneta -, por vezes com fotómetro incorporado, mantendo-se a filosofia da adopção de diferentes tipos de visores em diferentes versões.
Embora a empresa tenha encerrado as suas portas nos anos 70 do século passado, o nome Voigtländer continua vivo no mundo da Fotografia e o seu passado de prestígio continua a ser invocado nas câmaras actuais com a inscrição “Since 1756”.
Que dure, pelo menos, mais 255 anos!
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A Bessa III é a mais recente das Voigtländer. |
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