segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sony - Não às fotos tremidas

Obter fotos nítidas em condições de luz desfavoráveis não é uma tarefa fácil. Sobretudo, se quisermos manter o menor nível de ruído digital, possível. Os movimentos da câmara fotográfica, quando fotografamos à mão livre, tendem a ficar registados na imagem, quando utilizamos velocidades de obturação demasiado baixas.
Para contornar esta dificuldade, já há vários anos que existem no mercado sistemas de estabilização de imagem cuja função é contrariar os “tremores” das mãos do fotógrafo. Quando anunciam a eficácia desses sistemas, os fabricantes costumam utilizar, como principal referência, a velocidade de obturação que corresponde aproximadamente ao recíproco da distância focal da objectiva utilizada. Por exemplo, 1/60”, para uma objectiva de 50 mm. Assumem que, abaixo daquela velocidade, as fotos resultam tremidas, em maior ou menor grau. Isso permite-lhes “inflacionar” um pouco as capacidades daqueles sistemas.
Nos vários testes a estabilizadores de imagem que já fiz, tive oportunidade de verificar que, de um modo geral, a eficácia anunciada não é assim tão grande. Os dados que se apresentam a seguir, foram obtidos com uma Sony A900 – a primeira máquina fotográfica digital, de formato 35 mm, a incorporar um estabilizador de imagem no bloco do sensor –, munida de uma objectiva 70-200 mm f:2.8G SSM, da marca. É importante salientar que as diferenças encontradas, entre a eficácia anunciada e a obtida, não são exclusivas da Sony e podem, sem dificuldade, ser encontradas noutras marcas.
Os resultados do teste baseiam-se na análise visual das imagens e tratamento estatístico dos resultados. A eficácia é determinada pela diferença de velocidades de obturação que nos garantem uma percentagem de 90% de fotos aceitavelmente nítidas, em cada uma das situações: estabilizador ligado e desligado.
Ao analisar os resultados (mostrados aqui sob a forma de gráfico), chegamos à conclusão que o ganho obtido, neste caso específico, é de 12/3 EV, com a focal de 70 mm, e 11/3 EV, com a de 200 mm, valores muito abaixo do máximo anunciado pelo fabricante (até 4 EV); embora este tenha o cuidado de ressalvar que o efeito do estabilizador varia consoante a objectiva utilizada. Se utilizarmos a referência mencionada atrás, os ganhos obtidos passam a ser superiores a 2 pontos, chegando aos 3 EV quando se utiliza a focal de 200 mm.
Seja como for, uma coisa é certa: poder dispor de velocidades de obturação de 1/15” ou 1/30” (a 70 e a 200 mm, respectivamente), fotografando à mão livre e com o estabilizador de imagem ligado, é reconfortante.
Mas... Será que a qualidade de imagem se ressente disso?

2 comentários:

Carlos Faria disse...

Vou ter que melhorar mesmo o meu desempenho técnico, pois com tanta foto no meu blog algumas poderiam ser bem melhores... mesmo assim, já as vi replicadas em jornais locais e não só.

Anónimo disse...

Vim aqui para através do Geocrusoe (comentário acima), um amigo destas andanças da blogosfera.
Parabéns pelo blog, vai direito para os marcadores do Firefox.
Bons posts!