Canon - Visões para o futuro

Ter uma visão antecipada do que poderá ser o futuro não é fácil; principalmente nos tempos que atravessamos. E assumir a responsabilidade de partilhar essa visão com os outros é ainda mais difícil.

Mas foi isso mesmo que a Canon fez esta semana, em Paris: mostrar o que pensa vir a fazer nos próximos anos, não só no área específica da Fotografia, mas também noutros domínios tão diversificados como

a impressão industrial, a medicina, os equipamentos de escritório ou a realidade aumentada interactiva. Foi mais uma edição da Canon Expo, um certame que a marca realiza a cada 5 anos em diferentes pontos do globo como Nova Iorque, Tóquio e Xangai, para além da cidade-luz.

Com especial interesse no campo da Fotografia, mas sem deixar de lado o vídeo (como não podia deixar de ser, nos tempos que correm) anunciam-se novidades de grande impacto, como é o caso do primeiro aparelho fotográfico multibanda de disparo único, munido de um sensor CMOS de 50 Mp, com seis tipos diferentes de filtros e cuja capacidade de separação cromática estará muito para além dos actuais filtros RGB, de acordo com a Canon. Uma câmara panorâmica com 120 milhões de píxeis, gravação vídeo a 60 ips e saída digital a velocidades até 2.52 gigabits por segundo, está também nos projectos da marca para um futuro próximo, bem como uma câmara de alta sensibilidade com sensor CMOS de 300 mm, capaz de fotografar sob iluminâncias de 1 lux, onde o olho humano mal consegue perceber o movimento dos objectos. E, já que estamos a falar de capacidades para captar imagens, superiores às do ser humano, que dizer da câmara omnidireccional que, com um único disparo, conseguirá captar tudo o que se situa 360º em redor da câmara?

Tudo isto está nos planos do gigante da Fotografia, o que mostra bem o que uma marca pode fazer quando afecta mais de 9% do seu orçamento anual à investigação e desenvolvimento. Que trunfos terão as restantes marcas, na manga? Seria interessante conhecê-los. Até lá, ficamos com as imagens de alguns dos novos produtos apresentados em Paris: os que já trabalham e os que ainda não passam de estudos de design.