Segundo os responsáveis da marca, a câmara incorporava o que de mais avançado havia em termos de tecnologia de gravação magnética, CCD e semicondutores. O seu carácter revolucionário estava bem vincado pelo facto de não usar filme, mas antes um CCD de 10 x 12 mm com 570 x 490 píxeis, e de o registo ser feito num disco magnético, analógico - o Mavipack -, capaz de armazenar 50 imagens que eram depois reproduzidas num leitor próprio, o Mavipack Viewer, de modo a poderem ser vistas num ecrã televisivo. A qualidade das mesmas era considerada como estando ao nível dos padrões mais altos de televisão, da época.
O facto de este tipo de registo fotográfico (ou, melhor, videofotográfico) não exigir a revelação e a impressão, próprias do processo fotográfico convencional, era invocado pela Sony como um dos argumentos mais fortes a favor da Mavica.
No entanto, o modelo nunca chegou a conhecer a aceitação do mercado que os responsáveis da marca desejavam. Na verdade, do ponto de vista do utilizador, a primeira câmara magnética apresentava limitações muito importantes. Embora se tratasse de uma câmara reflex com objectivas intermutáveis (a 25 mm f:2, a 50 mm f:1.4 e a 16-65 mm f:4), estava limitada a valores fixos de sensibilidade e de velocidade de obturação: ISO 200 e 1/60” respectivamente. Por outro lado, a vantagem de se poder ver as fotografias imediatamente num televisor, era contrabalançada pelo facto de tal apenas ser possível através de um leitor próprio, a que se juntava, inicialmente, a impossibilidade de imprimir as imagens em papel. A atitude do mercado acabou por reflectir estas insuficiências.
A nova tecnologia, se bem que interessante do ponto de vista das possibilidades técnicas, apresentava limitações importantes em relação àquilo a que os utilizadores estavam habituados com os meios tradicionais: câmaras muito evoluídas, tecnicamente, e filmes e papéis de qualidade em constante melhoria.
Akio Morita, à data, presidente da Sony, com a Mavica e o Mavipack. |
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